ITAIPU

Espaços de Memória aproximam o público interno da história da Itaipu

Binacional inaugurou nesta quinta-feira (17) espaços com acervos que contam a trajetória de oito áreas da empresa

Assessoria

A Itaipu Binacional inaugurou nesta quinta-feira (17) os Espaços de Memória, iniciativa do Ecomuseu que busca fortalecer a memória institucional e aproximar a história da empresa do cotidiano de empregados e empregadas. A inauguração faz parte do calendário de atividades que marcam, em 2024, o cinquentenário da Itaipu, comemorado no último mês de maio.

“A ideia do projeto é não tirar um acervo de seu contexto e levá-lo para um museu, mas sim criar uma relação mais próxima do público interno com esse patrimônio histórico”, explicou a museóloga Tatiara Damas Ribeiro, do Ecomuseu da Itaipu, responsável pelo projeto.

A iniciativa começou com um contrato entre a Itaipu e o Centro da Memória da Eletricidade do Brasil (entidade cultural sem fins lucrativos ligada à Eletrobras e criada em 1986) para o levantamento do acervo junto às áreas internas da Itaipu. Depois, evoluiu para um convênio entre as duas instituições que compreendeu a criação desses espaços em parceria com oito áreas da empresa, que ajudaram a definir a forma de contar sua história, as peças que teriam destaque e a identidade visual.

A inauguração se deu no Laboratório de Concreto, um espaço que simboliza o esforço para a preservação da memória da Itaipu. Fundado em 1978, o laboratório é uma área binacional e nasceu com a missão de estudar e estabelecer parâmetros construtivos para a barragem da usina. Muitas das soluções ali criadas foram inovadoras, para atender a um projeto hidrelétrico em dimensões nunca vistas.

Somente para as primeiras 18 unidades geradoras, instaladas entre 1978 e 1982, foram feitos quase 700 estudos de dosagem de concreto, além de verificações térmicas, químicas, físicas e mecânicas de 12 milhões de toneladas de cimento e 480 mil toneladas de aço.

“O Espaço de Memória reflete o zelo pelos equipamentos e a gestão do conhecimento no Laboratório de Concreto, mostrando a evolução das técnicas e das metodologias. Muitas vezes recebemos visitas de universidades e aqui eles podem ver de perto os materiais, o que às vezes não é possível nos cursos de Engenhara”, disse Fábio Luiz Willrich, engenheiro civil que há 14 anos atua no Laboratório.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, destacou a importância de homenagear todos e todas que construíram a empresa, permitindo à Itaipu chegar ao patamar de realizações em que se encontra no ano de seu cinquentenário. “Não só na geração de energia, como também na realização de ações de responsabilidade socioambiental, que é uma das marcas da Itaipu”, afirmou.

“Esse é um projeto que demonstra o compromisso da empresa de preservar a memória e o legado de todos que fizeram da Itaipu essa potência”, complementou o presidente da Memória da Eletricidade, Alberto Jardim.

Além do Laboratório de Concreto, foram criados Espaços de Memória na Segurança Empresarial; no Centro de Documentação; na Diretoria de Coordenação; na Divisão de Relações Públicas; na Casa do Coral; na Divisão de Imprensa; e na Diretoria Financeira.

O convênio com a Memória da Eletricidade compreende também um programa de educação patrimonial, que inclui a gestão de documentos, a identificação do patrimônio cultural da empresa e a criação de um espaço virtual para reunir o acervo.

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