Assessoria Copel
O compartilhamento de postes com as empresas de telecomunicações proporcionou redução de 2,1% na tarifa de energia vigente no Paraná para o cliente da Copel. Esse abatimento decorre da gestão do uso dos postes pela Copel em todo o Estado, que é remunerada pelas operadoras de telefonia e dados. Do valor arrecadado, 60% são destinados ao que se conhece como modicidade tarifária, um abatimento direto no valor da tarifa. Esse é o patamar definido pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
Os contratos de compartilhamento também custeiam a gestão das estruturas e viabilizam um amplo plano de ações para regularizar os cabos de telefonia em todo o Paraná. Somente em 2024, até agora, as equipes da Copel retiraram 1.473 quilômetros de cabos de telefonia irregulares nos municípios paranaenses, com peso de cerca de 120 toneladas.
Paralelamente, a companhia emitiu 7.619 notificações às empresas de telecomunicações, para que regularizassem sua fiação. Em 2023, foram retirados 2.786 km de cabos (mais de quatro vezes a distância entre Curitiba e Foz do Iguaçu) e emitidas 9.595 notificações.
“No Paraná, nós decidimos enfrentar o problema dos cabos irregulares e fazer com que a Copel se tornasse uma protagonista desse processo de organização do cabeamento no país”, ressalta o diretor de operação e manutenção da Copel, Júlio Omori. Ele explica que, em 2022, a empresa criou um departamento voltado exclusivamente à gestão dos postes e à resolução das situações irregulares.
O departamento de compartilhamento de estruturas atua em contato com as operadoras de telefonia e dados, prefeituras municipais e demais instituições interessadas, como o Procon. “Além do contato com as empresas responsáveis pelos cabos de telecomunicações, a área conta com equipes próprias, que regularizam estruturas em todas as regiões”, acrescenta.
Ordenador
No ano passado, a Copel desenvolveu um equipamento para organizar a fiação, identificar a empresa proprietária de cada cabo e minimizar a poluição visual causada pelo excesso de fios. O ordenador de cabos, como ficou conhecido, já vem sendo instalado nos postes e, além de permitir que os cabos sejam dispostos de forma mais equilibrada, facilita o trabalho das empresas de telecomunicações.
Em um trabalho iniciado há dois anos, as equipes da companhia já mapearam 2,9 milhões de estruturas em 309 municípios, trabalho que deve ser concluído até o início de 2025. Esse levantamento permitiu identificar as 867 operadoras de dados e internet que fazem uso dos postes e as situações irregulares, além de subsidiar o desenvolvimento de um plano de regularização para todas as regiões.
Compartilhamento de postes
Em todo o país, o uso dos postes pelas redes de energia, telefonia e dados segue normas definidas pelas agências reguladoras de telecomunicações (Anatel), e de energia elétrica (Aneel). Por lei, as empresas de energia devem conceder o uso das estruturas: na configuração de instalação em um poste, as redes de média e baixa tensão estão na parte superior, e os cabos de telecomunicações e dados na parte inferior dos postes.?
A manutenção dos fios de telefone, internet e TV a cabo cabe às respectivas operadoras, que podem ser notificadas, e até multadas, pela Copel quando usam de maneira inadequada as estruturas compartilhadas.
Denúncia de cabos irregulares
Ao se deparar com cabos pendurados ou caídos, a população pode comunicar à Copel pelo telefone 0800 51 00 116.? A companhia vai notificar a empresa responsável para que regularize o cabeamento e, se houver algum risco à população, a Copel vai enviar uma equipe própria para regularizar a situação. Paralelamente. Diante de eventual interrupção no serviço de telefonia e internet em decorrência da retirada de cabos irregulares, a população deve procurar a sua operadora para restabelecer o fornecimento do serviço.
