Família monta casinhas de caixas de papelão para abrigar animais de rua

AMOR DE QUATRO PATAS Família constrói casinhas de caixas de papelão e as distribuem pela cidade para abrigar e manter aquecidos os animais de rua

Da Redação

Amar simplesmente por amar, de graça, sem pedir nada em troca, sem vaidade!! Esse é o sentimento que persiste no decorrer de toda a vida: aquele de quem gosta dos animais, de quem sofre ao vê-los sofrer, de quem se doa, de quem quer amenizar a dor, que entrega tempo, dinheiro e emoção.

É assim que a pedagoga de Santo Antônio da Platina, Debora Regina da Silva, 42, sabe amar. Sentindo a dor, a fome, o frio e o abandono das criaturas de quatro patas, que perambulam pelas ruas da cidade, quase invisíveis aos olhos humanos, que passam por elas com pressa, com o pensamento em suas rotinas, agasalhados, sem perceber que cruzaram com uma criatura com os ossos aparecendo, tremendo de frio, de fome e de medo.

Casinhas para aquecer

Débora, sua mãe Marcia e a irmã Denise são aquelas pessoas que enxergam, sentem e vão à luta.  “Tenho cachorros em casa, e ontem resgatei um gato, mas há 20 anos me dedico a minimizar o sofrimento dos que estão nas ruas. E agora, aprendemos a fazer casinhas de papelão envoltas em plástico para protegê-las do tempo. Estamos deixando-as em pontos estratégicos, onde sabemos que há muitos animais de rua”, contou. Semana passada, a família distribuiu seis delas. No próximo feriado, as mulheres pretendem fazer mais e leva-las para outros cantos. “Nossos amiguinhos de quatro patas do Povoado da Platina serão os próximos a ganhar um lar”, informou.

E não são apenas os abrigos dos animais que elas providenciam. “Também levamos os potes com ração e água. Um conhecido nosso se prontificou de repor a comida onde estão as casinhas. Fazemos isso com o coração, com amor. Nossa esperança é que mais gente nos ajude com materiais, e que mais pessoas se inspirem e façam casinhas também. São baratas. Muito do  material que usamos encontramos nas ruas como lixo. Ou seja, nós corremos atrás dos materiais, montamos e levamos nos locais”, contou. “Tomara que nossa ação influencie outras pessoas daqui e da região, assim, teremos menos animais sofrendo nas ruas”.

Surpresa       

“O que mais está nos surpreendendo é que nos locais onde deixamos as casas, a vizinhança está ajudando com a alimentação e água. Nós também estamos recebendo auxílio de pessoas que se comovem com o assunto. Já nos levaram caixas, cobertores e até  espuma para colocar dentro!, disse.

O molde das casinhas veio da experiência de amantes de animais, que Débora e a família viram em um vídeo na internet. “Não sei dizer se esse pessoal é de São Paulo ou de Santa Catarina. O importante é que vimos, aprendemos e estamos fazendo”, comemorou.

Débora já presidiu a Ong Mundo Cão, já trabalhou com resgates,  mas hoje prefere atuar com a mãe e a irmã. “Não faço mais parte de nenhuma Ong, mas nunca deixei de ajudar os animais. Me sinto gratificada”, explicou.

 

Conservação

A pedagoga e sua família se sentem bem ajudando os animais, e pedem para quem mora perto dos locais onde estão sendo colocadas as casinhas, para que também ajudem na conservação delas. “Elas são feitas de caixa de papelão, saco de plástico e fita adesiva. São bem resistentes, mas podem sofrer alguns danos por conta do tempo ou mesmo de pessoas, então, se um vizinho observar isso, e puder fazer alguns reparos, a gente agradece muito”, disse.

 

Locais onde já foram entregues

 

Débora, sua mãe Márcia e irmã Denise montaram as casinhas e com o próprio carro, as levaram para vários locais. No domingo, elas as deixaram toda a produção da semana na Praça São Benedito, Praça da Matriz,  Cemitério, Parque das Oliveiras, Rodoviária e Prefeitura. “Nossos corações estão cheios de gratidão a todos que estão ajudando”, concluiu.

 

Você pode ajudar

Quem quiser ajudar a família pode telefonar para os números 43 999845827 (Marcia), 43 996077880 (Denise) e saber o que elas estrão mais necessitando. Quem quiser também pode fazer um PIX no número  43996943045. Todo valor arrecadado se transformará em casinhas para os amigos de quatro patas que moram nas ruas.

 

 

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