Educação

Aprovada a greve dos Professores em todo o Paraná

Motivação principal é projeto do Governo do Estado já na Alep para repassar 200 escolas para setor privado

Redação Tribuna/Assessoria

 

Por volta das 17h30 do último sábado, dia 25, foi aprovada, em assembleia, a paralisação total das atividades dos educadores em todo o Estado, em resposta ao que entende a APP-Sindicato de “ataque do governador Ratinho Jr”, à Educação.

O ponto alto que motivou a greve que se inicia no dia 3 de junho, foi realmente o Projeto que institui o Programa Parceiro da Escola que está na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), repassando em torno de 200 escolas públicas para o setor privado, com uma empresa administrando a parte econômica, financeira e de gestão destes estabelecimentos de ensino indicados pela Secretaria Estadual de Educação, considerados com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e em áreas de vulnerabilidade.

Outras pautas importantes para a categoria e que fazem parte da motivação desta greve diz respeito “ao não pagamento da Data-Base, dos últimos 12 meses e a dívida de mais 39% do Estado com os(as) educadores(as) e demais servidores(as); e o fim da terceirização do cargo de funcionários de escola”.

Em um primeiro momento, professores de escola se mobilizam para que o projeto seja retirado da pauta. Caso seja mantido, os primeiros esforços serão para organizar as comunidades e rejeitar a medida, conforme aponta a APP-Sindicato.

Na última sexta-feira, 24, a reportagem da Tribuna do Vale já havia mencionado a intenção do Governo do Estado em repassar aproximadamente 200 escolas públicas para empresas privadas e que cerca de 40 deputados da base do governo, secretários estavam em reunião no dia 21 último, discutindo e analisando esta pauta.

A greve por tempo indeterminado, foi aprovada por mais de 4 mil educadores que estavam participando da Assembleia e definiram pela paralisação total das atividades. De acordo com a APP-Sindicato, a assembleia “se manterá permanente para avaliar a movimentação do governo e o comando de greve avaliará os passos do governo e mobilizações dos(as) educadores(as)”.

Com o início da greve no dia 3, acontece também, em Curitiba, uma reunião presencial do Comando Estadual de Greve. E, no dia 4 de junho, terça-feira, ocorreu um Ato Estadual, na Capital paranaense, com a realização de audiência pública do Fórum das Entidades Sindicais (FES) e manifestação durante a sessão da Alep.

A Presidente da Associação dos Professores do Paraná (APP), Walkiria Olegário Mazeto, na ocasião da oficialização da greve explicou: “nós precisamos do engajamento nessa frente de luta de todos(as) os(as) professores(as) e funcionários(as), independente do contrato. Nós precisamos do engajamento, nessa luta, de pais e mães e de toda a comunidade paranaense, pois é o direito de acesso a uma escola pública de qualidade que está sendo negado”.

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