Assessoria
Maio é o mês da conscientização da doença celíaca. E, especificamente nesta quinta-feira, 16, é o dia mundial dessa luta. Para o deputado estadual Denian Couto (Podemos-PR) a data é muito importante. Mas, além de jogar luz sobre esta causa, é preciso tomar medidas efetivas. “Ainda no ano passado, eu apresentei um projeto de lei que cria uma espécie de passaporte celíaco no Paraná. E, de lá pra cá, tenho trabalhado para que ele vá logo à votação e vire realidade”, explica.
O texto da proposta de Couto garante que, na prática, os celíacos possam levar suas comidas e bebidas seguras a bares, restaurantes, balneários, hotéis e similares, sem ter que pagar qualquer taxa por isso. O projeto da carteira de celíaco também determina que os hospitais assegurem a pacientes e acompanhantes celíacos, o direito de receberem refeição especial durante todo o período em que estiverem internados. Além disso, a ideia é que a carteira do celíaco seja emitida de forma gratuita pelos órgãos responsáveis pela gestão da saúde pública do estado, depois que a pessoa que não pode consumir glúten apresentar o laudo médico e os documentos de identificação necessários.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 1% da população do planeta tem a doença celíaca. Trata-se de uma doença autoimune, que pode causar graves danos ao intestino delgado, fazendo com que o organismo deixe de absorver nutrientes. Isso pode acarretar males como desnutrição, anemia, déficit de crescimento, infertilidade, menopausa precoce, osteoporose e câncer. Ela não tem cura, nem medicação. O tratamento consiste em eliminar o glúten da dieta. E, apenas traços dessa proteína provenientes de uma “contaminação cruzada”, podem causar mal aos celíacos. Por isso, a dificuldade que muitos têm de comer fora de casa.
Para Denian Couto, o problema ainda é pouco conhecido, a conscientização é fundamental e os celíacos precisam de acolhimento e inclusão. “Só quem é celíaco ou tem algum parente com essa condição sabe o quanto isso mexe com a rotina, a saúde física e mental da pessoa e até da família”, avalia. E finaliza: “Eu assumi essa causa, estou atuando junto aos meus colegas deputados e espero ainda este ano fazer o passaporte celíaco virar lei no Paraná”.