Redação Tribuna/AEN
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as principais lavouras no Estado do Paraná envolvem a produção de soja, milho em grão, trigo, cana-de-açúcar, mandioca, fumo, batata e café, sendo que nove municípios paranaenses estão na dianteira da agropecuária do Brasil, dentre eles, Arapoti, Castro e Tibagi que fica a 167km de Santo Antônio da Platina, pela Rodovia BR-153.
Além disso há uma produção considerada de hortifrutigranjeiros no Norte Pioneiro que faz com que os produtores estejam sempre alertas às mudanças climáticas. Só que, agora, os produtores rurais ganham um apoio muito importante do Governo do Estado do Paraná, no que diz respeito à prevenção e redução de perdas agrícolas, porque se iniciou na terça-feira, dia 14, o serviço Alerta Geada, mantido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) em conjunto com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
As previsões de geadas são divulgadas com três dias de antecedência e confirmadas por boletins até 24 horas antes das ocorrências. Os avisos são amplamente difundidos por uma rede formada por órgãos públicos estaduais, prefeituras, cooperativas, associações rurais, técnicos e profissionais de agronomia, entidades comunitárias e veículos de comunicação. Além da agricultura, são beneficiados outros setores da economia como turismo, comércio e construção civil.
Geadas – Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib “o risco de geada configura-se com a aproximação de uma intensa massa de ar frio e seco em contexto de céu claro ou com poucas nuvens noturnas e vento calmo”. O fenômeno ocorre com força suficiente para provocar queda expressiva da temperatura do ar até abaixo de zero grau no solo, causando a formação de gelo sobre plantas e objetos expostos ao relento. A geada negra caracteriza-se por ventos fortes constantes em temperatura muito baixa, condição que causa a morte do tecido vegetal das plantas sem formação de gelo nas superfícies.
No Paraná as geadas costumam ocorrer em junho, julho e agosto quando intensas ondas de ar frio atingem todas as regiões, com mais frequência no Sudoeste, Sul, Centro, Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. “Contudo, devido à influência do fenômeno climático La Niña no Inverno e na Primavera deste ano, são esperados anticiclones frios tardios também em setembro e outubro, com potencial para provocarem geadas nas regiões onde habitualmente são registradas as temperaturas mais baixas”, afirma Kneib.
