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Acredita-se numa colheita recorde para a produção de feijão

No Paraná a segunda safra é esperada com bons resultados

Colheita de feijão em Irati. Foto: Gilson Abreu/AEN

Redação Tribuna/IDRPR

 

O produtor do Norte Pioneiro também está bastante otimista com as perspectivas de boas colheitas na produção de feijão. Aliás, esta é uma tendência estadual já que o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) estima uma produção recorde dessa cultura no Estado, quer dizer, com 9% da área de segunda safra de feijão colhida e 35% das lavouras a campo já em maturação, as expectativas são bastante motivadoras.

O boletim de Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgado pelo IDR-PR no último dia 25, aponta que, apesar dos temores dos produtores de feijão pelas lavouras mais tardias, especialmente em função da qualidade, o volume esperado é de 774 mil toneladas em uma área recorde de 402 mil hectares, ou seja, 36% superior à da segunda safra correspondente aos anos de 2022/2023.

O relatório de abril mostra ainda a redução na expectativa de produção do milho segunda safra 23/24. Espera-se que sejam produzidas 13,5 milhões de toneladas nesta safra em uma área de 2,4 milhões de hectares, uma perda de 8% no volume comparativamente à expectativa inicial de produção, de 14,7 milhões de toneladas.

Técnicos apontam que a colheita está ocorrendo bem e as últimas chuvas melhoraram o aspecto das lavouras. O chefe do Deral, Marcelo Garrido disse que “É uma produção recorde para a segunda safra e, que se confirmada, deve ser uma das maiores produções de feijão do Estado”. A balança do entendimento leva ainda o Deral a expor que o cenário ainda é desafiador para a safra e aponta que, no campo, 10% das lavouras estão em condições ruins, 21% em condição mediana e 69% em condição boa. “A colheita ainda não se iniciou e mais perdas podem ser registradas, a depender das condições climáticas”, disse o analista do Deral, Edmar Gervásio. Segundo ele, os preços estão estáveis com relação ao mês anterior, em parte reflexo de uma produção menor não somente no Paraná, mas no País como um todo.

A colheita dos 5,76 milhões de hectares de soja está praticamente encerrada e a expectativa é de que sejam produzidas 18,3 milhões de toneladas, 3,5 milhões de toneladas a menos do que o previsto nas estimativas iniciais, uma quebra de 16%.

Trigo – Estima-se uma retração de 19% na área de trigo colhida em relação a 2023, passando de 1,41 milhão de hectares para 1,14 milhão de hectares. A revisão com números similares, mas ainda menores, acontece em um momento de preços em torno de R$ 65,00 na cotação do dia 24 de abril, uma pequena valorização em relação ao último dia útil de março, quando a saca era cotada em torno de R$ 64,00.

Se o Estado sair ileso da transição entre os fenômenos, a produção de trigo pode superar a do ano anterior, com as produtividades normalizadas compensando a redução de área. Atualmente, projeta-se uma safra de 3,8 milhões de toneladas para 2024, 4% superior às 3,6 obtidas em 2023. Com as novas revisões, a expectativa é de que o Paraná produza, no total, aproximadamente 40,38 milhões de toneladas de grãos na safra 23/24.

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