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Comissão da Alep cobra transparência, obras e segurança das concessionárias de rodovias no Paraná

Preocupação da Alep é para contratar auditoria técnica para ajudar na fiscalização dos novos contratos

Redação Tribuna/Assessoria Alep

Realizada no auditório da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na última terça-feira, dia 9, em Curitiba, reunião da Comissão de Obras Públicas, Transporte e Comunicação, tratou da transparência, segurança e obras referentes às novas empresas concessionárias de rodovias do Estado. Na ocasião os parlamentares destacaram os transtornos enfrentados pelos usuários, com grandes filas nas praças de pedágio no início das cobranças. Falou-se, na reunião, da importância da contratação de uma consultoria técnica especializada de engenharia para fiscalizar os novos contratos, a execução e qualidade das obras. O primeiro-secretário da Assembleia, Deputado Alexandre Curi (PSD), informou que a contratação poderá ser feita via processo licitatório.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) reforçou durante o encontro o quanto o Paraná é reativo em relação ao pedágio. “Passamos um período de 24 anos em conflito permanente com as concessionárias. Esperamos que as novas empresas possam obedecer de forma rigorosa os contratos. O que nós queremos é o cumprimento integral e detalhado. E as empresas terão boa parceria com a Assembleia na medida do que está previsto e aconteça no tempo determinado. Para isso contaremos com uma consultoria técnica e robusta para acompanhar”, afirmou.

O deputado Tercilio Turini (MDB) classificou os novos contratos de 30 anos como uma concessão para o resto da vida. “Significa que muitos de nós não teremos condições de fazer uma nova discussão. Se errarmos, vamos comprometer o futuro do Paraná. Porque, anteriormente, nos venderam um sonho lindo e virou um pesadelo com centenas de obras não realizadas”, comentou. O parlamentar sugeriu a instalação de dispositivos, como um pedagiômetro, indicando aos motoristas quanto se arrecada em cada praça de cobrança.

Filas – A extensas filas e demora na retomada das cobranças dos pedágios do Paraná foram pontuadas várias vezes durante a reunião. O diretor-presidente da concessionária Via Araucária – Grupo Pátria, Sérgio Santillan, responsável pelo lote 1, explicou que o foco inicial da empresa era exatamente naquele trecho.

“A Páscoa é um feriado de movimento extremo, houve filas pelo saturamento da rodovia e fizemos várias liberações de cancela como determina o contrato”, disse. Ele destacou, contudo, que o local recebeu várias melhorias como recuperação de pavimento e sinalização. “Uma serra que testemunhou diversos problemas, acidentes, engavetamentos e desta vez não houve nenhum evento que caracterizasse o passado. Ao contrário, está muito mais segura”, citou.

O Lote 1 tem 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná. A concessionária deverá investir pelo menos R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427, além de R$ 5,2 bilhões em custos operacionais durante o período, o que inclui serviços médico e mecânico, pontos de parada de descanso para caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem, somando R$ 13 bilhões de investimento no total.

Mais divulgação – O diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos de Oliveira Moreira, disse que a empresa tem atuado junto à imprensa para divulgar as ações sobre investimentos, obras e descontos. “Mas visualizamos aqui na reunião que isso precisa ser intensificado, para chegar na população, aos usuários frequentes de como podem obter esse benefício de descontos, por exemplo”.

Ele ainda ressaltou que ao contrário outras concessões, se não for feita a entrega das obras, haverá uma redução da tarifa. “E, se for por culpa da empresa, tem ainda uma multa aplicada. Desta forma, há um estimulo interno para fazer a entrega na data certa”.

O Lote 2 abrange as regiões de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro, tem uma extensão total de 605 quilômetros e receberá investimentos de R$ 10,8 bilhões em obras. As intervenções incluem a duplicação de 350 quilômetros, instalação de 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas – estruturas que permitem o deslocamento de animais silvestres sem o risco de atropelamento.

 

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