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Santo Antônio da Platina entra em estado de epidemia da Dengue

Até segunda-feira eram 397 pessoas infectadas no município

Da Redação

No final da tarde de segunda-feira, 11, a Secretária Municipal de Saúde de Santo Antônio da Platina, Gislaine Galvão Inácio dos Santos, falou com exclusividade com a reportagem da Tribuna do Vale e disse que esta semana sua secretaria e diversos departamentos da administração, assim como os atiradores do TG 05-004, Corpo de Bombeiros, estão todos mobilizados para a limpeza pesada de terrenos, lembrando que vai haver algumas autuações de terrenos que estão com depósito de lixos e visitas intensificadas nos pontos estratégicos. Às 9h da manhã de ontem, uma carreata pelas principais ruas da cidade e de bairros, chamou a atenção da população para a iniciativa da prefeitura, consequentemente, convidando as pessoas a somarem forças cuidando de seus quintais.

De acordo com a secretária Gislaine o ponto principal desta campanha é “a remoção de focos do mosquito”. Segundo ela muitas pessoas dizem que o fumacê deveria já estar atuando na cidade, porém, há critérios a serem seguidos não pela prefeitura, mas respeitando o âmbito nacional e estadual. “Muita gente está preocupada com a vacina, com o fumacê, o que é compreensível, mas, o fumacê é uma medida disponibilizada numa situação bem estrema. Nós estamos atingindo agora nosso índice de epidemia de dengue, mas, desde outubro de 2023 nós estamos monitorando essa curva. Foi na sexta-feira passada, dia 8, que nós conseguimos uma incidência para fazer um Decreto de Emergência e é o protocolo do Estado. Só pode ter esta solicitação do fumacê se tiver em critério de epidemia. Então nós estamos caminhando para a vinda do fumacê, mas o Estado já se posicionou que ele vai dar prioridade aos municípios mais críticos com maiores índices de infestação pelo mosquito da dengue”.

Gislaine deixou claro que sua pasta e a prefeitura estão totalmente voltadas para conseguir o fumacê, mas há a estratégia, lançada com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que segue o manual de procedimentos determinados pelo Ministério da Saúde. “Nós, hoje, já estamos com uma incidência de 397 infectados. Se o município tem uma incidência de epidemia de dengue acima de 300 casos, já se considera necessário o fumacê. Nós estamos com 397, mas tem município que está com incidência de 20 mil, 30 mil, 50 mil de índice. Então o governo vai atender os casos de municípios com mais gravidade. Mas nós já entramos agora nessa vinda do fumacê também para o nosso Município e vamos insistir nisso continuadamente”, destacou a Secretária Municipal de Saúde de Santo Antônio da Platina.

A secretária ainda reforçou que a ação mais efetiva é eliminar recipientes e proteger locais que possam acumular água parada, dificultando a reprodução do mosquito. Mas é necessário o empenho da comunidade e infelizmente muitos deixam a desejar, no cuidado dos quintais, alerta.

Gislaine Galvão ressaltou ainda que está sendo realizada campanha na rede do Instagram, aceitando postagens de pessoas que estão fazendo uma ação contra a Dengue e isso sendo usado como referência. E acrescentou que “nós também estamos nas escolas, fazendo as palestras. Já as escolas estão trabalhando com todas as crianças sobre o perigo da Dengue, mas, reforço, que o ponto central desta Campanha é a remoção de focos do mosquito”. Vale ressaltar que muitas pessoas com dengue já estão apresentando também infecção urinária e é preciso medicamento, soro e ingerir muita água, ou seja, uma hidratação de água mais frequente no organismo.

Fumacê – Trata-se de uma estratégia utilizada durante períodos de epidemia para reduzir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti e reduzir a transmissão de doenças causadas por esse mosquito, como Dengue, Zika ou Chikungunya. A técnica do fumacê consiste em passar com um carro que emite uma “nuvem” de fumaça com baixas doses de um agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região, e embora não seja a forma mais segura de eliminar mosquitos, é bastante rápida, fácil e eficaz. O agrotóxico utilizado e aprovado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS) atualmente nas pulverizações do fumacê é o Cielo-ULV. Esse agrotóxico contém duas substâncias na sua composição, a praletrina e a imidacloprida, que provocam intoxicação no sistema nervoso do mosquito, resultando na sua morte.

A aplicação do fumacê segue critérios rígidos, determinados pelo Ministério da Saúde, quer dizer, somente profissionais qualificados podem operar o Ultra Baixo Volume (UBV) e a aplicação não pode ser feita com o sol alto, por isso os horários são das 6h às 8h da manhã e das 16h às 20h, no período da tarde e noite. É necessário clima ameno, sem sol e com ventos fracos.

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