O romeno José Tanko chegou ao Brasil ainda jovem e se estabeleceu em Santo Antônio da Platina em 1942, quando criou a popular casa de fotos, que durou até 2004. A empresa atendeu mais de 190 mil clientes
Da Redação com AEN
O Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG-UEPG), iniciou o ano com um trabalho de resgate e preservação histórica sobre mais de seis décadas de registros fotográficos. Em parceria com a Secretaria de Cultura de Santo Antônio da Platina, o MCG está organizando uma exposição do acervo Foto Tanko sobre o Norte Pioneiro do Estado. No momento, a equipe trabalha na separação e catalogação dos materiais, que chegaram em 2022.
O acervo guarda registros do cotidiano, política, trabalho e modos de vida dessa região e atravessa três gerações de fotógrafos da mesma família – José, Paulo e Guilherme. O romeno José Tanko veio ao Brasil ainda jovem e se estabeleceu em Santo Antônio da Platina em 1942, quando criou a popular casa de fotos, que durou até 2004. Nesse período, a empresa atendeu mais de 190 mil clientes, conforme informações dos livros de registro.
Os materiais envolvem negativos, fotografias, máquinas fotográficas, flashes, álbuns fotográficos, livros de registro, películas em acetato e quadros com molduras. O conjunto já foi submetido a um processo inicial de desinfecção e higienização, preparando o caminho para a avaliação de seu estado de conservação e a organização. O MCG ainda está em fase de contratação de bolsistas para trabalhar exclusivamente com o acervo.
A chegada dos materiais ao Museu marca o início de um projeto ambicioso de preservação e divulgação histórica. “As etapas iniciais de trabalho, realizadas entre março e junho de 2022, enfrentaram o desafio de catalogar e organizar um acervo sem um sistema prévio de arranjo”, explica o diretor de Acervos e Pesquisas do Museu, Robson Laverdi.
A partir de agora, o projeto se beneficiará de um impulso adicional, pela aprovação de um projeto de modernização junto ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que visa a preservação e acessibilidade para pesquisa e apreciação pública, com a captação de R$ 250 mil.
“Este projeto representa um passo importante na valorização e no estudo da história local, reforçando o papel do MCG e da Secretaria de Cultura de Santo Antônio da Platina na promoção do conhecimento e na preservação da memória social paranaense”, completa Laverdi.
