Saúde

Três anos após início da vacinação, Brasil precisa aumentar cobertura contra Covid-19

Cobertura para crianças pequenas é baixa e o vírus ainda circula

A cobertura de dose reforço para adultos é de 55,74% – Foto: Rovena Rosa/AGr

Da Redação com AGr

Três anos após o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o país ainda enfrenta o desafio de aumentar a cobertura vacinal, principalmente entre crianças pequenas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal para o esquema primário de duas doses, com as vacinas monovalentes, é de 83,86%. Já para a dose de reforço, a cobertura é de 55,74% para adultos e 17,86% para crianças de 5 a 11 anos.

O médico infectologista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressalta que, embora a pandemia de Covid-19 tenha sido “debelada”, o vírus continua circulando e ainda há mortes pela doença.

“Continuam acontecendo mortes pela covid-19. Então uma questão importante é atualizar o calendário vacinal”, alertou.

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, concorda. Ela destaca que, nos Estados Unidos, já está disponível a vacina mais atualizada, uma monovalente que combate a variante XBB da doença.

“O Brasil está usando a bivalente [que combate cepas anteriores], dentro do país é a mais atual, mas não é a mais atualizada disponível no mundo. A gente julga que, neste momento, seria importante o Brasil adquirir essa vacina monovalente atualizada no lugar da bivalente”, defendeu.

Para Richtmann, um dos principais desafios a serem enfrentados neste momento é justamente a vacinação de crianças pequenas, a partir de seis meses de idade, considerado grupo de risco para a doença.

“No ano passado, tivemos 135 mortes de crianças, é um número que poderia ter sido prevenido através de vacinação”, acrescentou.

O Ministério da Saúde informou que, em fevereiro de 2023, foi iniciada a estratégia de vacinação para grupos prioritários com a vacina bivalente e com a recomendação de dose de reforço para essa população a partir de 12 anos.

A pasta também destacou que, à medida que forem obtidas novas aprovações regulatórias e as vacinas adaptadas às novas variantes, o Ministério vai adequando as necessidades assim que os imunizantes estiverem disponíveis no país por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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