Assessoria
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) apontou nesta segunda-feira, 13, a situação crítica das rodovias que cortam o Paraná, notadamente as rodovias federais. Ele observou que o tráfego aumentou muito, não há sinalização e nem fiscalização suficiente, e que isso tem provocado muitos acidentes. “As estradas do Paraná estão um caos. Não há mais controle”, denunciou o deputado na tribuna da Assembleia Legislativa.
Para Romanelli há um problema grave que precisa ser enfrentado pelo poder público. “Há um “libera geral” nas estradas, sem radares funcionando, sem fiscalização de tacógrafos. Tem caminhões apostando corrida nas rodovias”, afirmou. O deputado apontou ainda a falta de efetivos das polícias rodoviárias federal e estadual. “Quem está nas estradas sabe o que estou falando. Até quando vão fazer de conta que não temos um problema sério na nossa malha rodoviária”.
Na avaliação de Romanelli, a tendência é de que os problemas se agravem ainda mais em razão do adiamento dos leilões do novo pedágio. Após a concessão dos lotes 1 e 2, os demais processos só devem ocorrer a partir de setembro ou outubro de 2024, de acordo com informação divulgada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
A respeito deste adiamento, Romanelli considera que será necessária uma reavaliação da modelagem. Ele citou os leilões recentes, que tiveram baixa concorrência. “A modelagem não está atraindo as empresas a participar dos leilões e tem que ser revista”, avalia o deputado. Um dos pontos que ele defende é a recontagem do tráfego.
Recontagem – “Temos insistido que o governo federal tem que fazer a recontagem de veículos em todos os pontos da rodovia. Isso incentiva a participação das empresas na concorrência”, afirmou Romanelli. Segundo ele, o tráfego apontado no processo de concessão está subdimensionado, conforme comprova a recontagem feita no trecho entre Paranavaí e Nova Londrina, num estudo encomendado pela Socipar (Sociedade Civil do Paraná).
Este trecho da BR-376, no Noroeste do Paraná, faz parte do Lote 4 e não tem previsão de ser duplicado, mesmo com a cobrança de pedágio. “A Socipar demonstrou que o volume de tráfego é mais do que o dobro do que mostra os estudos que embasam o programa federal de concessão”, disse Romanelli. “Quem diz isso é a Perplan, mesma empresa que fez a contagem inicial, em 2019, e que agora em setembro, viu que o número de veículos é muito maior”.