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UENP
Formação de comissão reacende
debate sobre o curso de medicina

Universidade forma comissão para avaliar condições da instituição oferecer o curso

Da Redação

A formação de uma comissão da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) para avaliar as condições da universidade sediar o curso de medicina voltou a fomentar o assunto em toda a região.

O principal embate, novamente, é o local a ser escolhido como sede: Jacarezinho ou Cornélio Procópio, ambos com campus da universidade (assim como Bandeirantes), pleiteiam receber o curso de medicina.

A comissão foi formalizada em uma publicação datada a 3 de abril, composta pelos professores Maria José Quina Galdino, que é a presidente, Nilson César Bertoli e Paulo Rogério Alves Brene.

Segundo a publicação da universidade, feita em Diário Oficial, “o objetivo da comissão é apresentar relatório para subsidiar a implantação do curso de medicina da Universidade Estadual do Norte do Paraná”.

O relatório em questão deverá indicar a necessidade de pessoal, infraestrutura, custeio e impacto orçamentário da implantação do curso. A comissão tem prazo de 30 dias para entregar o documento, contudo o prazo pode ser prorrogável caso haja necessidade.

A publicação, por si só, não traz nenhum indicativo de qual dos campi poderá sediar o curso de medicina ou se será a comissão a pontuar e posteriormente indicar qual seria o lugar mais adequado.

A princípio, Jacarezinho seria a escolha mais óbvia uma vez que já sedia o Centro de Ciências da Saúde da UENP, onde são ofertados os cursos de odontologia, fisioterapia e educação física, com uma estrutura mais próxima às exigências que medicina apresenta.

Além disso, toda a classe política da região tem feito campanha para que Jacarezinho, em parceria com Santo Antônio da Platina, onde está o Hospital Regional do Norte Pioneiro – gerido pelo governo do Estado – recebam o curso.

As prefeituras dos municípios também já se colocaram à disposição da UENP e do Estado para adotar as medidas possíveis para que medicina venha para região, o que também atenderia ao interesse da Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro) e um critério técnico por ser uma área sem um curso de medicina próximo.

Entretanto, uma manobra política na gestão do ex-governador Beto Richa fez com que medicina fosse anunciada em Cornélio Procópio, ainda que o município esteja a poucos quilômetros de Londrina, onde já existem faculdades públicas e privadas que ofertam o curso.

Na mudança da gestão estadual o projeto acabou travado, até por esse imbróglio da decisão sobre a localização, e existe uma incógnita sobre qual será a definição. A expectativa é que nas próximas semanas os rumos sejam definidos e a implantação do curso enfim saia do papel.

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