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Lula lançará Mais Médicos ampliado para atender especialidades

Assessoria

O deputado federal Zeca Dirceu, liderança do PT na Câmara, afirmou nesta quarta-feira, 15, que o presidente Lula vai lançar em breve o novo programa Mais Médicos ampliado para outras áreas, além da atenção básica à saúde. “O programa, por enquanto, está sendo chamado de Mais Saúde para Brasileiros e ajusta especialização e incentivos de permanência nas regiões mais distantes”, disse.

O programa de saúde foi tema da reunião de Lula no Palácio do Planalto na terça-feira, 14, com os ministros da área social. “Outra novidade do novo programa é a incorporação de outras categorias profissionais, como cirurgião dentista, enfermeiros, assistentes sociais, que vão compor as equipes de saúde”, completou Zeca Dirceu.

A prioridade do programa, segundo ainda o deputado, será para médicos brasileiros. “O Ministério da Saúde também voltará a fazer a validação de diplomas de brasileiros que se formaram no exterior e trará incentivos para recém-formados”.

Outros serviços

“A proposta do presidente Lula é elevar a oferta de forma quantitativa e qualitativa (dos médicos e outros profissionais de saúde). O ganho vai ser a introdução da qualificação de especialistas e da complementação da formação básica dos médicos”, pontuou Zeca Dirceu.

O chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em coletiva à imprensa que a participação de médicos estrangeiros ainda está em definição e que a qualificação do se dará com a introdução de especialistas e de complementação da formação básica dos profissionais de saúde.

Ainda na área, o governo Lula pretende retomar credenciamentos represados para serviços nas unidades de saúde. Muitos serviços foram criados para os municípios e deixaram de ser cadastrados há anos pelo Ministério da Saúde. Esses serviços, segundo o Ministério da Saúde, estão sendo realizados sem a participação de recursos federais ou o posto de saúde ficou pronto, o posto odontológico ficou pronto, estão equipados, mas sem funcionar porque não tem financiamento federal.

Disparidade

Reportagem da revista Piauí mostra a disparidade da presença ou falta de médicos entre os grandes centros e o interior. A quantidade de médicos nas capitais é 14 vezes a de cidades do interior, proporcionalmente à população. Entre 2000 e 2023, a proporção de médicos por habitantes dobrou.

Nas capitais, há um médico para 163 pessoas; nas cidades de até 10 mil habitantes, há um médico para 2.257 pessoas. A disparidade é mais acentuada na região Sul, onde as capitais têm um médico para 111 habitantes, enquanto as cidades do interior tem um para 1.052 habitantes.

A desigualdade regional ganha outra dimensão quando se leva em conta a divisão entre médicos generalistas e especialistas. Nas capitais, há um especialista para cada 298 habitantes; nas demais cidades, a proporção é de um para 1.270.

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