Saúde

HPP alerta sobre vacinação contra vírus respiratórios na volta às aulas

A flutuação da sazonalidade dos vírus pode aumentar a disseminação entre o público infantil

Crédito: Wynitow Butenas

Imprensa HPP

O Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, alerta pais e responsáveis para o risco do aumento, entre crianças, de doenças respiratórias causadas por vírus na volta às aulas. Ao analisar os dados das últimas semanas epidemiológicas, o Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar da instituição observou flutuação na sazonalidade do SARS-CoV-2, influenza e sincicia respiratório. Neste momento há disponibilidade da vacinação contra COVID-19, mas em breve a vacina contra influenza 2023 estará disponível. Por isso, o retorno às escolas exige cuidados ainda maiores com a prevenção. As medidas de higiene das mãos, etiqueta ao tossir (figura) e uso de máscara também auxiliam a evitar a disseminação dos vírus.
As crianças estão mais suscetíveis às doenças, pois o sistema imune delas ainda se encontra em desenvolvimento e é normal o contato próximo entre os pequenos, que também estão nessa mesma fase de desenvolvimento. A boa notícia é que os hábitos saudáveis podem ser adquiridos desde a menor idade. Por isso, o Pequeno Príncipe ressalta a importância da imunização especialmente para esse público e contra a COVID-19 e a influenza. “A imunização traz benefícios imediatos e futuros, pois previne a doença e também possíveis sequelas graves”, explica a coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino. Além de reduzir o risco de uma coinfecção, a imunização também protege aqueles que não podem vacinar-se – como crianças menores de 6 meses ou quem está em tratamento após transplante de órgãos.
“Vacinar é um compromisso de cuidado consigo e com as pessoas próximas. Não temos como prever como nosso organismo irá reagir frente a uma infecção, inclusive às causadas pelo vírus influenza [gripe]. A forma mais eficaz para reduzir os riscos das complicações provocadas pela doença é a imunização pela vacina. É fundamental que toda a família seja vacinada – pais e filhos”, realça a especialista.
A infecção aguda do sistema respiratório provocada pelo vírus da influenza alcança taxas altas de hospitalização todos os anos, tem alto potencial de transmissão entre pessoas e pode até mesmo levar a óbito, portanto a imunização é fundamental e deve ser realizada anualmente. No Pequeno Príncipe, a média de internamentos de crianças com a doença em 2022 chegou a patamares semelhantes aos números registrados em 2009, ano da pandemia da doença.
Tanto contra a influenza quanto contra a COVID-19, os imunizantes podem ser aplicados a partir dos 6 meses de vida. As crianças até 8 anos de idade que nunca tomaram a vacina da gripe devem receber duas doses do imunizante, com intervalo de um mês entre cada aplicação. E a vacina contra o coronavírus pode ser administrada de maneira simultânea com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.
Cuidados além da vacinação
Com a imunização em ordem, outros pontos importantes complementam a orientação dos especialistas para que o sistema imunológico esteja em pleno funcionamento.
– Consumir água, pois contribui para o bom funcionamento do corpo.
– Praticar atividade física, mesmo que tenha pouco espaço em casa.
– Garantir rotina de sono, porque um corpo cansado fica mais suscetível a doenças.
– Manter uma rotina alimentar balanceada, com horários preestabelecidos.
– Evitar alimentos que contenham excesso de sódio, açúcar e gordura.
Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 378 leitos, 68 de UTI, e em 2021, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, foram realizados cerca de 200 mil atendimentos e 14,7 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.

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