Cambara

Cambará busca alternativas para evitar a saída da General Mills

Empresa anunciou fechamento de unidade industrial que gera 700 empregos diretos

Fachada da unidade da General Mills, em Cambará (Foto – Carlos Roberto Fracisquini – Circulando Aqui)

Da Redação com Assessoria

Representantes da General Mills estiveram na manhã da segunda-feira, 09 de janeiro na Prefeitura de Cambará, onde se reuniram com o prefeito Neto Haggi e a secretária municipal de Indústria, Comércio, Turismo, Agronegócio e Inovação, Angélica Cristina Cordeiro Moreira. A reunião teve o propósito de comunicar o encerramento das atividades da planta de Cambará até dezembro de 2023.

No mesmo horário em que estavam reunidos para o comunicado na Prefeitura, também ocorria o comunicado na fábrica, para os funcionários da Unidade. O argumento da empresa foi por conta da reestruturação de parte de suas operações no Brasil, transferindo as atividades da Unidade de Cambará para a sua planta em Pouso Alegre (MG), onde pontuaram que a questão logística para a GM seria mais satisfatória, por terem um grande Centro de Distribuição próximo a esta planta, e assim poder atender melhor aos clientes do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Na conversa com o governo municipal perguntou-se aos representantes da GM se haveria a possibilidade de reavaliarem a decisão mediante incentivos ou outra contraproposta por parte da Prefeitura para permanência da empresa na cidade, com os mesmos se mantendo irredutíveis, e justificando que a decisão não teria nenhuma relação a essas questões. O governo municipal ainda questionou se haveria a possibilidade de prorrogação da decisão e a resposta também foi negativa. O prefeito e a secretária perguntaram sobre uma possível negociação da venda da unidade para outra empresa, recebendo como resposta que ainda não estariam em negociação com nenhuma empresa no momento e que possivelmente abririam essa possibilidade no 2° semestre.

A primeira ação do governo municipal após a conversa com os representantes da GM, foi a realização de uma reunião com a Câmara Legislativa e Núcleos empresariais da cidade para debater o assunto, e unir forças para o encontro de possíveis medidas que possam amenizar os impactos negativos na cidade e na região.

O município de Cambará está com agenda marcada junto ao Governo do Estado na próxima terça-feira (17/01), para tratar deste assunto.

A secretária municipal Angélica Moreira, informa que conversou via telefone com o secretário estadual de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, com o presidente da Paraná Invest Eduardo Beckin e com o vice governador Darci Piana, sobre a questão, e todos manifestaram apoio para sensibilizar a empresa na reavaliação da decisão, bem como para encontrar outras medidas que venham ao encontro da mesma com o objetivo de minimizar os impactos negativos gerados.

Em contato direto com o prefeito Neto Haggi, o deputado Luiz Cláudio Romanelli também expressou apoio para juntos buscarem solução para a questão.

O encerramento das atividades da GM em Cambará significa uma queda de R$ 6 milhões no orçamento municipal, montante proveniente do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o desemprego, de forma direta de 700 postos de trabalho na localidade, sem estimar os impactos indiretos.

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