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Adeus ao amigo Douglas Kalil

  • Vicente Estanislau Ribeiro

A comunidade jacarezinhense, como havia descrito antes num artigo, perdeu inúmeras personalidades nos últimos tempos, principalmente com o surgimento da Covid e também oriunda de outras causas.
E, continuamos perdendo pessoas pioneiras, de famílias tradicionais, que ajudaram no progresso e desenvolvimento do município.
Ontem, domingo, 13 de novembro, faleceu na Santa Casa local, logo no início da madrugada, o ribeirão-clarense, Douglas Kalil, com 86 anos, uma figura ímpar, única, com sua marca registrada e seu temperamento singular.
Seu trejeito e sua pseuda bravata eram só encenação para chamar atenção e descontrair o ambiente onde chegava.
De ascendência libanesa, seus pais Husna e José Kalil, vieram da cidade Pérola do Norte, a vizinha Ribeirão Claro, onde aqui, o casal se estabeleceu comercialmente, no segmento de automóveis, com a Revenda Ford.
Douglas Kalil, trabalhou e se aposentou na Bamerindus Cia. de Seguros, onde por muito tempo foi Supervisor da Bamerinseg.
Essa simbiose entre funcionário e empresa deu muito certo na região do Norte Pioneiro, sempre batendo e superando metas no ramo de seguros.
Praticamente ganhava, em todos os semestres, prêmios estabelecidos pela empresa, pelo brilhante trabalho executado, junto com seus funcionários administrativos e os inspetores de seguros.
Ele era muitíssimo admirado e respeitado pela Diretoria, tanto do Banco propriamente dito, como da Seguradora, que representava com dedicação e orgulho.
Com a venda do Conglomerado Bamerindus para o HSBC, ele criou a Pâmela Corretora de Seguros, para dar sequência nos trabalhos junto à sua fiel clientela.
De compleição forte, mas de um coração gigante, fazia acontecer as coisas por onde passava e suas mãos colocava.
Têm passagens na vida da gente que não há como esquecer; logo que entrei como guarda mirim no Bamerindus, o meu primeiro tratamento dentário, foi ele que pagou, no consultório do dentista Lila, na esquina da Rua Paraná, em frente ao Piuca’s.
E, sempre me convidava para ir à sua casa, em ocasiões especiais, como o Natal.
Foi meu padrinho de casamento em 1983, juntamente com sua esposa.
Enfim, poderia aqui, ficar nominando o efeito “Douglas” em nossas vidas e caminhadas, tanto profissional como pessoal.
Douglas Kalil (11.04.1936) foi casado com a ribeirão-clarense Therezinha Alves Kalil “Dona Santa” (02.12.1937), ficou viúvo em 21.11.2003 e deixou os filhos: 1) Douglas “Douglinha” (03.02.1958). 2) Marcos (17.01.1961), Ari (24.02.1964), já falecido, e a Sandra (15.02.1966); cinco netos e três bisnetos.
Há alguns anos, ele não mais estava à frente da Corretora, deixando com a nora e filhos.
O seu passatempo preferido, quando podia, era de manhã, ficar sentado, no Posto Jacaré, no alto da avenida, batendo papo com as pessoas e vendo o movimento da cidade, próximo da casa de seu irmão Jorginho.
Amigo Douglas: A dor passa, a saudade fica, o tempo avança e, a vida continua…
Descanse na Paz do Senhor!

  • Vicentinho é Licenciado em História e Bel. em Direito.
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