Gazeta Brasil
Nesta quinta-feira (22), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu o recolhimento de massas alimentícias da empresa Keishi (Bbbr Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.). Segundo a agência reguladora, a fábrica de massas comprou lotes de propilenoglicol contaminados da Tecno Clean, com sede em Contagem, na Grande BH.
A decisão do órgão exige a proibição da comercialização, distribuição e uso dos produtos fabricados entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano. A marca produz e vende vários tipos de massa de estilo oriental, como udon, yakisoba, lamen, e também massas de salgados, como gyoza, que são comercializados congelados.
O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em alimentos.
O propilenoglicol
O aditivo alimentar propilenoglicol (INS 1520) é autorizado para alguns alimentos. Porém seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias, conforme a RDC 60/2007. Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Portanto, quando o propilenoglicol é usado apenas no processo de refrigeração, não há necessariamente risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado.
O que fazer se você tiver adquirido o produto
Empresas que tenham as massas da marca Keishi (BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.) não devem comercializá-las e nem as utilizar. Consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos produtos.
Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, não consuma o produto.