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Queijo produzido em Ribeirão Claro ganha prêmio internacional

Produção da Queijaria Bella Vista recebeu duas medalhas no 2º Mundial de Queijos no Brasil

Luiz Henrique Pedroso, produtor de queijos de Ribeirão Claro

 

 

Da Redação

 

Dois queijos produzidos pela Queijaria Bella Vista, localizada em Ribeirão Claro, foram premiados no 2º Mundial de Queijos no Brasil, realizado entre os dias 15 a 18, em São Paulo, e com a participação de produtores de todo o mundo.

As premiações vieram para dois tipos de queijo produzidos pela Queijaria Bella Vista: Cura Junior, com medalha de prata, e Sr. Cura, com medalha de bronze. A avaliação foi feita por jurados especializados.

De acordo com informações repassadas pelos produtores, o Cura Junior é um queijo maturado por 60 dias com aroma frutado, massa macia, sabor ligeiramente adocicado e com um leve toque de frutas secas, já sendo premiado em competições anteriores.

 

O Sr. Cura, por sua vez, é descrito pela Queijaria Bella Vista como um queijo que tem uma maturação que varia de 240 dias a um ano, feito com leite pasteurizado de vaca, possuindo aroma floral, casca lisa, maça quebradiça e granulosa, e sabor intenso com leve dulçor.
A premiação é motivo de orgulho para o proprietário, Luiz Henrique Pedroso, dentista que há alguns anos adquiriu uma propriedade rural em Ribeirão Claro e, hoje, ao lado da família, é o responsável pela produção da Queijaria Bella Vista.

“Estar nesse hall significa entrar para os melhores queijos do mundo. É um trabalho grande e uma busca constante por aprimoramento e cada vez que participamos de eventos e competições temos a oportunidade de evoluir”, avalia Luiz Henrique, que ainda cita a dificuldade de regulamentação de queijos artesanais no Brasil como um dos desafios enfrentados pelos produtores.

“Temos uma legislação que não reconhece queijos artesanais, então é uma contradição termos a produção de alguns dos melhores queijos do mundo, mas enfrentar dificuldades legais para produzir. Tivemos um exemplo de um queijo de Minas Gerais que chegou a ser apreendido pela vigilância sanitária por falta de serviço de inspeção há alguns meses e acabou como um dos mais premiados na competição”, alerta.

BELLA VISTA
A produção de queijo no Sítio Bom Jesus começou em 2017, quando Luiz Henrique decidiu destinar parte da produção de leite para o derivado. Após um início com dificuldades naturais de qualquer começo de negócio, os queijos começaram a ganhar destaque, inclusive em premiações diversas.

O leite utilizado na produção dos queijos é de produção própria, o rebanho de vaca Jersey e Jersolanda garante alto teor de gordura e muita qualidade. Os animais têm alimentação balanceada com silagem de milho (produzida no sítio), ração, pré-secado, sal mineral e a pasto.

Hoje a queijaria faz parte da Rota do Queijo Paranaense e está em diferentes destinos turísticos de Ribeirão Claro e do Norte Pioneiro, tendo opção de visitação e degustação para turistas e amantes do queijo – o perfil da empresa nas redes sociais dá maiores detalhes sobre o funcionamento deste serviço e sobre toda a produção.

COMPETIÇÃO
O 2º Mundial de Queijos no Brasil reuniu 1,1 mil inscrições de queijos de 11 países. O grande vencedor da competição foi o Gruyere Reserve, produzido na Suíça, seguido pelo brasileiro Dolce Bosco – Queijo Azul de Cabra, em segundo lugar, e o Stockinghall, dos Estados Unidos, na terceira colocação.

Segundo os organizadores, foram considerados critérios como aspecto interno e externo, textura, e outras características sensoriais. Na fase classificatória, 21 concorrentes ganharam medalhas Super Ouro; 86 de Ouro; 158 de Prata e 219 de Bronze. Os Super Ouro passaram para o julgamento final.

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