Assessoria
O deputado federal Zeca Dirceu (PT) alertou nesta quinta-feira, 4, que a farsa do pedágio implantada há 25 anos no Paraná poderá se repetir. Em entrevista à imprensa de Paranavaí, na região Noroeste, Zeca Dirceu criticou o novo modelo de concessão das rodovias proposto pelo pelo governo federal
“A mesma farsa do pedágio implantada há 25 anos no Paraná e que ninguém conseguiu interromper, estão querendo repetir na renovação das concessões”, denuncia. “Desta vez com a mentira de que vai ficar mais barato, que é um novo modelo, etc. Eu estou estudando o processo em Brasília e posso garantir que não tem nada de novo”.
O deputado federal revela que as novas concessionárias deverão ser praticamente as mesmas e que exploravam o pedágio até pouco tempo e que têm dinheiro para dar uma caução de R$ 100 milhões ou R$ 200 milhões na licitação. “As empresas que não fazem as obras e que cobram o pedágio caro”, alerta.
Farsa e mentira – Zeca Dirceu explica que a farsa consiste em diminuir um pouco o valor das tarifas em cada praça de pedágio e aumentar o número de praças de cobrança. “O noroeste é atingido em cheio porque vai ter várias praças de pedágios novos. Vai diminuir o valor em uma praça ou em outra, mas você vai criar 15 novas praças de cobrança”, disse.
“Quando a pessoa fizer a conta a viagem inteira, vai ver que pagou mais barato na primeira, pagou mais barato na segunda, só que teve que passar por uma terceira, quarta e pagou pelo pedágio que não existia. Esse é o modelo que o (presidente) Bolsonaro está propondo. Ninguém se iluda com propaganda enganosa, de grandes obras, de novo modelo, de pedágio mais barato. Isso aí é lorota, é mentira”.
Zeca Dirceu afirma que o pedágio caro que pretendem implantar com pressa poderá novamente travar o desenvolvimento do Paraná, mas que isso essa situação poderá ser revertida. “Eu acredito muito na eleição do presidente Lula e aí sim nós teremos condições em Brasília, força política para acabar com essa patifaria, com essa roubalheira que é o pedágio do Paraná e o modelo que é defendido pelo atual governo federal”.