Assessoria
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) apontou nesta quinta-feira, 4, os avanços da fruticultura e agricultura orgânica no Norte Pioneiro e destacou o plano de desenvolvimento regional apresentado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, – Iapar- Emater) na Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro). “É um plano consistente com dados da produção das 26 cidades da região e que mostra que as duas áreas, que já são uma boa realidade, têm um potencial muito grande. É um dos flancos de desenvolvimento do Norte Pioneiro”, disse.
O plano dos técnicos do IDR registra que o VPB (Valor Bruto da Produção Agropecuária) da mesorregião norte soma R$ 1,2 bilhão entre a fruticultura (R$ 508,8 milhões) e olericultura (R$ 783,6 milhões). Nas regiões de Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio a fruticultura representa R$ 370 milhões enquanto que a olericultura, R$ 308 milhões. “Há um dado interessante, o VPB da horticultura em Carlópolis passa de R$ 106 milhões. A cidade é a maior produtora de goiaba no Paraná”, disse Romanelli.
“A região não tem problema de escoamento e comercialização da produção já que está muito próxima do estado de São Paulo, um centro de consumo muito grande. Os próprios comerciantes paulistas garantem o transporte da produção da região para outros centros”, completa Romanelli.
Apoio – A agricultura familiar nas 26 cidades tem 14.614 estabelecimentos. A região tem ainda 12 associações de agricultores familiares, cinco cooperativas e 825 agricultores foram atendidos pelos programas de apoio. Somente pelo PNAE (alimentação escolar) e PAA (aquisição de alimentos) foram comprados R$ 4,8 milhões em alimentos. As cooperativas e as associações receberam ainda R$ 7,9 milhões de apoio à produção. “De forma geral, a produção tende aumentar de forma significativa já que a meta do Governo do Estado é comprar 100% de produtos orgânicos para a merenda escolar até 2030”.
Na fruticultura há ainda um crescimento exponencial no último ano em termos de produtores (17%), área de produção (33%) e VPB (54%). Os destaques na região estão na produção da goiaba, morango, abacate, uva, abacaxi, banana, lichia, maracujá e pitaya.
O estudo aponta ainda as vantagens em priorizar a horticultura: alta rentabilidade/área (geração de renda), mão de obra qualificada, impulso na economia local, fortalecimento da agroindústria e localização estratégica. Folhosas, tomate, pepino e pimentão são os detaques na região.
As novas oportunidades para essas duas áreas, segundo o estudo, surgiram através do fomento de programas federais, estaduais e municipais, leis de incentivo à produção, capacitação técnica.
*Desafios *- Como metas na agricultura orgânica estão o aumento de 30% da renda dos produtores, a capacitação de 400 produtores e de 26 técnicos, a certificação orgânica para 300 produtores e a inclusão de mais 150 produtores. Hoje, as 23 cidades têm uma associação, duas cooperativas, quatro organizações de controle social e 171 produtores certificados
Na fruticultura, as metas incluem a capacitação de 34 técnicos, assistência técnica e extensão rural para 485 produtores, aumento do VBP em 30%, orientação de manejo agroecológico para 850 produtores e inclusão de mais 150 produtores.
“O plano traz alguns desafios que merecem atenção, entre eles, consolidar a cadeia produtiva e transformar a região em polo referencial estadual na produção de frutas e hortaliças orgânicas, ampliar a asistência técnica e a extensão rural, através do fortalecimento do IDR-Paraná, e fortalecer o programa Paraná Mais Orgânico, apoiar a implantação do curso de Tecnólogo em fruticultura pela Uenp em Santo Antônio da Platina, fortalecer a agroindústria familiar e incentivar o turismo rural nas propriedades que produzem as frutas e a agricultura orgânica”, completa Romanelli.