Paraná

Bambu, mil e uma utilidades, terá plantio incentivado no Paraná

Imprensa Alep

A cultura do bambu pode ser usada ainda para neutralizar as emissões de carbono. “O cultivo do bambu é barato e além de agregar valor na sua cadeia produtiva é uma cultura sustentável que traz benefícios ambientais, econômicos e sociais”, aponta Romanelli ao projeto de autoria ainda da deputada Luciana Rafagnin (PT) e dos deputados Goura (PDT), Reichembach (PSD) e Boca Aberta Junior (Pros).

O Paraná será o primeiro estado brasileiro a incentivar o plantio e a comercialização do bambu assim que o governador Ratinho Junior (PSD) sancionar o projeto de lei aprovado na última semana pela Assembleia Legislativa. A proposta prevê a criação de um ambiente produtivo da gramínea para ser usada em vários tipos de atividades. “O bambu tem mil e uma utilidades que vão desde a construção civil até a alimentação”, disse o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), um dos autores do projeto.

Para aprovação do projeto, os deputados conversaram com representantes do setor que apontaram as potencialidades da planta e a importância na criação de um marco regulatório, por meio de lei estadual, para estimular o plantio do bambu e ampliar oportunidades de renda no campo.

Modelo – A Abrafibras ( Associação Brasileira da Indústria e dos Produtores de Bambu e Fibras Naturais) afirma que ao criar uma legislação estadual, o Paraná será modelo e referência para outros estados brasileiros. “O bambu pode se tornar uma nova fonte de renda no campo e ter polos de produção nas regiões. É uma planta de fácil manuseio, tem rápido crescimento, não requer fertilizantes e agrotóxicos”.

O Brasil tem mais de 200 espécies de bambu e economicamente, tem potencial como matéria prima para as indústrias da construção civil, da moda, automotiva, naval e aeroespacial, de embalagens e de cosméticos.

O bambu pode integrar programas de combate à fome e a insegurança alimentar, devido ao seu alto teor nutricional. Também pode ser utilizado como fonte de energia e reforça a aplicação da planta para recuperação de áreas degradadas.”Seu plantio integrado, conforme explicou a Abrafibras, não altera a alterar cadeia produtiva já existente nas propriedades rurais”, disse.

“Esta iniciativa pode beneficiar as pequenas propriedades, criando uma nova fonte de renda para a agricultura familiar. O bambu pode virar matéria prima ou alimento”, afirmou Romanelli.

Cadeia produtiva – As universidades paranaenses já estão pesquisando o uso da gramínea. Em Dois Vizinhos, a UTFPR plantou seu bambuzal em 2014 e os pesquisadores observaram que a espécie cresce bem em terra fértil, mesmo sem adubação.

Com menos adubo, uma das primeiras vantagens é o custo de implantação. A pesquisa também indicou que o plantio não prejudica o solo enquanto a planta cresce.

Outra vantagem do bambu gigante é a resistência. Os pesquisadores afirmam que as hastes são de média a alta densidade, o que indica que podem ser tão firmes quanto o aço. O bambu pode ser colhido no terceiro ano de crescimento, mas o ponto ideal de maturação ocorre a partir do quinto ano. A proposta é fomentar uma cadeia produtiva a partir da região sudoeste.

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