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Integração da cadeia do agro beneficia produtores e agroindústrias no norte pioneiro

União de esforços entre instituições, lideranças e empresários objetiva tornar o território referência em produtos diferenciados do agro

A integração da cadeia produtiva do agronegócio é a estratégia adotada no Norte Pioneiro para garantir aos produtores rurais e agroindústrias mais visibilidade de mercado e oportunidades de negócios. Na região, o Sebrae Paraná estimula o setor produtivo nas conexões entre entidades, institutos de ensino superior, cooperativas, agricultores e demais lideranças com o objetivo de potencializar o desenvolvimento econômico e social de quem atua no campo, principalmente, o pequeno produtor rural.

A união de esforços busca tornar o território referência em produtos diferenciados. Para isso, é necessário otimizar o trabalho que vem sendo realizado através dos alimentos com Indicação Geográfica (IG) e outras certificações como a Global G.A.P., Orgânico Brasil e Fairtrade.

“Nós temos o Café do Norte Pioneiro, que foi o primeiro do Estado com IG. Temos a Goiaba de Carlópolis, que está sendo exportada para a Europa, e em breve deve sair a chancela do morango”, projeta o consultor do Sebrae Paraná, Odemir Capello. A região conta também com aproximadamente 200 produtores de orgânicos e 20 agroindústrias com certificação.

No Norte Pioneiro são cerca de 25 mil propriedades rurais, a maioria de pequenos produtores. A produção é reconhecida pela diversidade, característica encarada como potencialidade. A canalização dos recursos dos elos da cadeia do agronegócio será benéfico e influenciará todo esse universo de agricultores e indústrias.

“O produto diferenciado foge da commodity e gera oportunidade na pequena propriedade. Mas, para produzir é preciso criar um outro ciclo de negócio. Por esse motivo é importante trabalhar de forma coletiva para acelerar o processo. Quando há um propósito definido, há o investimento para que tudo aconteça de forma estratégica”, pontua Capello.

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) aderiu à estratégia de trabalho proposta pelo Sebrae Paraná. De acordo com o professor do IFPR, responsável pelo Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT) do campus Jacarezinho, Hugo Corrêa, existem projetos de pesquisa em andamento que visam aproximar os produtores da academia. Estudos sobre o uso de resíduos da goiaba para fabricação de embalagens e mecanismos para realização de análises físico-químicas dos alimentos são exemplos.

“Durante a pandemia muita gente começou a fazer produtos caseiros, como doces e pães. A nossa função é oferecer a esses empreendedores boas práticas de produção, fazer uma análise da produção para torná-las aptas para o mercado”, comenta.

Josmar Bagatin é proprietário de uma agroindústria de temperos e molhos com Selo Alimentos do Paraná. Atualmente, comercializada em 12 estados. Josmar deixou de vender alho in natura e criou uma linha variada de produtos. Para ele, a integração das instituições e lideranças em torno de um objetivo reflete na geração de renda.

“Muitas vezes as instituições têm a demanda, mas falta quem participe. Já os produtores precisam de orientação. Ao conectar todos, é possível conhecer profissionais proativos querendo fazer algo diferente”, salienta Bagatin.

Evento de Relacionamento

Como parte das ações desse movimento, no início deste mês, no dia 2 de junho, o Sebrae Paraná realizou em Jacarezinho o Evento de Relacionamento e Integração dos Elos da Cadeia do Agro para o Produto Diferenciado. Na ocasião, estavam presentes 60 pessoas ligadas ao setor que tiveram a oportunidade de apresentar produtos variados para compradores, como ovos, queijos, vinhos, frango caipira, entre outros. As entidades e lideranças também explanaram seus projetos e diretrizes.

Assessoria de Imprensa Sebrae Paraná

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