No Origens do Paraná, produtores que já possuem ou buscam a Indicação Geográfica ou atuam coletivamente, unem-se para competir
Café, ginseng, bala de banana, mel, cachaça, morangos… camomila. E também melado, goiaba e erva-mate. Nesta quinta-feira (28), aconteceu a primeira reunião presencial do Fórum Origens Paraná, no pós-pandemia. O entrosamento entre os pequenos produtores é tão grande que eles se conhecem dentro de um contexto de parceria e desenvolvimento. As pessoas, as histórias, acabam virando sinônimos de seus produtos, tipicamente paranaenses.
O encontro do Fórum Origens do Paraná aconteceu no Design Center, em Curitiba. Os participantes se encontraram depois de dois anos para se atualizarem, trocar ideias e, aproveitando o movimento de clientes no local, comercializaram produtos.
A consultora do Sebrae Paraná, Maria Isabel Guimarães, explica que as reuniões do Fórum Origens Paraná acontecem a cada dois meses. E que o próprio fórum é um espaço de encontro para pessoas, microempresários, instituições sobre produtos com Indicação Geográfica, e marcas coletivas.
Ao todo, 42 produtos típicos do Paraná foram identificados pelo Sebrae com potencial para referência como produtos de origem paranaense e participam do fórum. No evento desta quinta-feira, 18 produtos estavam expostos ao público. Destes 42 participantes, nove já possuem o reconhecimento e usam o selo de Indicação Geográfica (IG) e quatro estão depositados no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), aguardando o registro e o certificado. O registro de Indicação Geográfica é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
“O fórum acabou virando uma família. Eles fazem negócios entre eles e usam essa aproximação para desenvolver novos produtos, como uma bebida com erva-mate, ou a camomila que pode ser usada no chimarrão, por exemplo. Então, o ganho que o fórum traz envolve também essa troca de conhecimento”, ilustra a consultora.
Antônio Henrique Schneider, da Coofamel (Cooperativa de Produtores de Mel da Região Oeste do Paraná), é o “Toni do Mel”. Ele, que também já virou sinônimo do produto, faz questão de participar de todas as reuniões do fórum, mesmo que a cooperativa de produtores de mel fique do outro lado do Paraná, localizada na região Oeste.
A Coofamel já trabalha com o selo de Indicação Geográfica há 10 anos. E, atualmente, Antônio fala com propriedade tanto da união entre os empresários que participam do Fórum Origens do Paraná, quanto os benefícios que o selo Indicação Geográfica traz para seu produto.
“O selo abriu muitas portas. E o relacionamento que temos dentro do fórum faz com que novas oportunidades apareçam a cada encontro. Assim, conseguimos colocar um maior valor agregado ao nosso produto e comercializar o mel em mercados diferenciados e mais refinados”, afirmou.
Para ele, o Fórum e o Sebrae têm papeis de destaque na hora de fazer a conexão entre o produto e o consumidor final. “Para nós produtores, é importante mostrar para a população que o nosso mel é diferenciado, e que os produtos feitos no Paraná também possuem uma história e uma cultura que é nossa, que é daqui”, completa.
As balas de antonina possuem o selo de Indicação Geográfica há 1 ano e 4 meses. E a diretora executiva das Balas Antonia, Rafaela Takasaki Correa, já percebe os benefícios de o produto ter sua localidade e territorialidade reconhecidas.
“Existem alguns tipos de mercados hoje em dia que um reconhecimento como este vai agregar mais valor ao produto e deixar o valor incontestável, ou seja, o cliente vai optar por um produto com origem, história e qualidade garantida. Isso falando de um público que preza e tem essa consciência. Quanto mais a gente diminuir o caminho até o consumidor final, mais valor agregado o produto terá para o produtor e maior a possibilidade de o cliente conhecer a sua origem”, comenta.
Sobre o Sebrae 50+50
Em 2022, o Sebrae celebra 50 anos de existência, com atividades em torno do tema “Construir o futuro é fazer história”. Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.
Assessoria de Imprensa Sebrae Paraná