Funcionários procuraram Tribuna do Vale para desmentir série de acusações e falas feitas contra o prefeito de São José da Boa Vista, José Lázaro Ferraz, o Dr. Zezinho
Da Redação
Em meio ao rompimento político do prefeito de São José da Boa Vista, Lázaro José Ferraz, o Dr. Zezinho (Solidariedade) e o vice prefeito, Valdelei Cardoso de Lima, o Delei (Solidariedade), servidores municipais resolveram procurar a Tribuna do Vale para esclarecer diversas situações envolvendo a gestão pública que têm gerado polêmicas no município.
Sob a condição do anonimato, os dois servidores, um homem e uma mulher, ambos concursados do município, entraram em contato com a equipe de reportagem para, segundo eles, desmentir a explicar algumas das muitas questões envolvendo a agitação política que se tornou notícia em São José da Boa Vista nas últimas semanas.
“Sou funcionário da prefeitura há muitos anos, não tenho lado político e não tenho gratificação. Só que tem acontecido algumas coisas que não podem ficar sendo ditas como verdade, porque não são. Estão querendo pintar uma discórdia dentro da prefeitura, dentro da cidade, uma discórdia que não existe em momento nenhum. A única coisa que existe é o rompimento político entre o prefeito e o vice. De resto, continua tudo normal, não tem guerra, não tem bagunça, não tem nada disso. Até acho que o prefeito deveria vir a público, mas já que ele não é muito de mídia, acho importante algumas coisas serem esclarecidas”, garante.
O funcionário ainda dá sua versão dos fatos para o rompimento entre Dr. Zezinho e Delei. “O prefeito teve Covid-19 no começo da gestão, e o vice gostaria de ter assumido, mas como não houve afastamento por tempo suficiente, não teve necessidade de afastamento do titular, e aí começaram os problemas, todo mundo que está dentro da prefeitura sabe disso. Depois houve mais uma sequencia de situações e a relação ficou insustentável”, continua.
“Aconteceram algumas coisas dentro do pátio no começo da gestão que não podem acontecer jamais. E o pátio estava sob responsabilidade do vice, que acabou afastado, justamente por conta desses problemas. Ele foi afastado em uma reunião que teve a presença de vereador, com chefe de Gabinete e parece que até o procurador jurídico. Ali foi falado tudo que estava de errado e o prefeito fez o afastamento dele do cargo. Tem acusação até de benefício particular com bens públicos, doação e utilização de maquinário para particulares. Não sei de quem partiu algumas ordens, mas a sensação é que alguém lá dentro, não sei se o vice ou outra pessoa, queria desgastar o prefeito, jogar a população contra a administração”, esclarece.
Para embasar a fala, o funcionário cita os trabalhos feitos pela equipe do pátio justamente na estrada rural que dá acesso a fazenda do prefeito, sem o conhecimento do gestor. “Primeira estrada que fizeram foi a da fazenda do prefeito, sendo que estava boa, enquanto várias outras em pior situação tiveram que esperar. Só que isso foi feito sem o conhecimento do prefeito e eu falo porque vi. Aí teve que ter uma intervenção da gestão em um setor que estava claramente remando contra a maré e que é muito importante para um município com grande área rural. Mas eu repito, a cidade não está essa bagunça que dizem e não tem guerra nenhuma. Dentro da prefeitura está todo mundo trabalhando. Tem muita coisa que melhorar, com certeza, e isso eu não discuto, só não acho certo pintarem um cenário de terror que não existe”.
Já a servidora, também funcionária há anos, detalha outros pontos que levaram ao rompimento entre o prefeito e o vice. “Além dessas questões do pátio, que eu não posso dizer porque sou de outro setor, tem vários conflitos desde o começo. Só que quem manda é o prefeito, o Dr. Zezinho, é ele que foi eleito. O vice queria assumir quando o prefeito ficou doente, mas não é assim. Teve o caso de uma viagem do vice para Curitiba com o carro oficial, que gerou outro desgaste muito grande. Depois teve o pedido de uma auditoria que o vice queria porque queria fazer, trouxe até representante de uma empresa, e o prefeito não viu necessidade, porque o que ficou no passado é de responsabilidade dos gestores antigos. Se tem problema que os órgãos responsáveis tomem medidas. Se é que tem. Mas olha o custo de uma auditoria para uma prefeitura desse tamanho. Você praticamente para os trabalhos da prefeitura, olha o que aconteceu em uma cidade aqui do lado há alguns anos. Só atrapalhou, gastou dinheiro a toa e não acharam nada”, revela.
A funcionária pública ainda desmente um desgaste político do prefeito com seu grupo de apoio. “Ao contrário do que foi dito até em entrevista de rádio, o prefeito tem apenas um único vereador que faz oposição, os outros estão na base. O grupo de apoio ao prefeito continua apoiando. Como meu colega disse, não existe essa guerra em São José da Boa Vista que estão falando em rádio e jornais. Acho que as pessoas deviam se preocupar mais em apoiar o crescimento da nossa cidade, e não em manchar o nome da nossa cidade com uma perseguição política contra um prefeito em início de gestão”.