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HOSPITAL REGIONAL – Empresa recebe da Funeas, mas não paga funcionários da UTI

Cerca de 40 funcionários foram desligados da Alfa Resgate e absorvidos por nova empresa, mas não receberam indenizações

Da Redação

A empresa Alfa Resgate, que era responsável pela gestão de cerca de 40 funcionários prestadores de serviços na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional do Norte Pioneiro (HRNP), continua causando problemas desde que foi contratada pela Funeas – Fundação Estatal de Atenção em Saúde, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Embora tenha recebido da Funeas os valores para pagamento das indenizações dos funcionários, até agora eles continuam sem ver a cor do dinheiro.

Ontem de manhã uma funcionária da UTI especializada em tratamento de Covid-19, entrou em contato com a redação da Tribuna do Vale, reclamando que a direção da Alfa Resgate, como resposta aos trabalhadores que estão que questionam o pagamento, simplesmente desliga o telefone na cara de quem liga e bloqueia o contato.

O último salário que deveria ser pago pela Alfa, foi feito diretamente pela Funeas, correspondente ao mês de fevereiro. A estatal deixou de repassar os recursos para a contratada em razão do desespero dos funcionários, muitos passando dificuldades.

O problema agora é que a liberação do dinheiro das indenizações pelo desligamento desses trabalhadores, foi feito diretamente na conta da empresa, que já deveria ter repassado pela eles, mas não o fez até o final da tarde desta segunda-feira (28).

Posição da Funeas
Em contato pelo aplicativo wattsapp, o presidente da Funeas, Marcello Machado, disse que a estatal fará o pagamento dos oito dias referentes à março diretamente nas contas dos funcionários, mas não vê alternativa de pagar as indenizações trabalhistas, cujo montante já foi transferido para a Alfa.
“Temos um valor de março a repassar para empresa (que ainda não estaria devendo porque não fechou o mês ainda) e vamos pagar diretamente ao pessoal como fizemos no mês de fevereiro”, assinalou, complementando: “Assim como foi feito do valor de fevereiro que a empresa teria que pagar. Agora então é referente a 8 dias do mês de março, que a Funeas vai pagar diretamente na conta dos trabalhadores”.

Com relação às indenizações joga uma ducha de água fria nas pretensões dos trabalhadores: “essa que é complicada. não temos como fazer.
A empresa que tem toda a informação e já recebeu mês a mês o provisionamento para esse acerto. Ela montou uma planilha de custos com os valores de provisionamento mensais e vem recebendo”, concluiu.

O executivo, questionado sobre a responsabilidade jurídica da Funeas perante esses débitos, interrompeu os comentários.

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