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Inverno com 40 graus exige cuidados

O alerta emitido nesta terça-feira pela Defesa Civil é de que, em pleno inverno, teremos uma onda de calor que levará a temperatura a 40 graus em São Paulo e Rio de Janeiro e a níveis parecidos em outros pontos do território nacional. É algo preocupante porque, com a secura característica da estação, será muito provável a ocorrência de incêndios que, a bem da verdade, já proliferam em grande escala pelo País. A primeira providência diante da emergência anunciada é tomar cuidado com folhas e outras substâncias inflamáveis, principalmente no quintal das residências porque, o fogo incontrolado pode danificar os imóveis e, principalmente, fazer vítimas pessoais.
Precisamos tomar como exemplo que vem ocorrendo no hemisfério norte onde, apesar da diferença de estações em relação à nossa região, tem registrado incêndios devastadores com dezenas de mortos e muito prejuízo material. Observado o que ocorre lá, os governos (União, Estados e Municípios) devem reforçar a prevenção para mitigar os danos e principalmente evitar a ocorrência de vítimas pessoais. As margens de rodovias devem ser limpas preventivamente e os motoristas prevenidos para evitar as pontas de cigarros que costumam dar origem aos incêndios. Isso sem falar dos esquemas de prevenção para a regularidade do abastecimento de &a acut e;gua e energia elétrica, insumos principais da economia e da vida da população.
Infelizmente, a questão ambiental tornou-se ferramenta política em nosso país. Carreiristas arrebatadores de votos usam a ecologia para desenvolver o ativismo eleitoreiro e pouco se importam com a real solução dos problemas. Tanto que se vê pouca resolução, parecendo até que as questões nem foram levantadas e a partir de então se mantiveram como instrumento do proselitismo dos ditos salvadores ambientais cujo único trabalho que se vê realizado é a conquista de votos para se elegerem vereadores, prefeitos e até deputados ou nomeações para postos governamentais especialmente criados para abrigá-los. Eles também servem – com rara compet& ecir c;ncia – para acionar o poder judiciário e travar empreendimentos que, segundo suas opiniões (ou interesses) seriam prejudiciais ao meio-ambiente.
A problemática ambiental é realmente importante. Mas seu encaminhamento esbarra no carreirismo político que leva os ditos defensores à carreira política, mas não resolvem o problema do próprio ambiente. É de se esperar que o governo – depois de ter conseguido “sócios” estrangeiros para investir na Amazonia, fiscalize o efetivo cumprimento das metas naquela região e que Estados e municipios também sejam acionados para cuidar dos problemas nos respectivos territórios. Sempre voltados para a solução dos problema. E que o carreirismo político passe a ser uma decorrência dos trabalhos realizados, nunca mais a prioridade que infelizmente hoje todo o Br asil conhece.
Ao que tudo indica, o planeta inteiro está vivendo profundas mudanças ambientais. A primeira delas é a chegada de mais uma fase do fenomeno “El Niño”, que já começa a provocar calor no inverno e, pelas previsões, deverá fazer o mesmo nos próximos anos. Temos de nos preparar Neste momento de incertezas, o mais indicado é os governos realizarem ampla campanha publicitária (rádio jornal e Tv) para conscientizar a população dos riscos anunciados. Sua utilidade é evitar que o mal aconteça e preparar o povo para se defender se, infelizmente, vier a acontecer. Só a orientação preventiva da população será capaz d e evitar a tragédia que hoje vemos ocorrer na California, Hawai, Canadá e outros pontos do hemisfério norte.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
aspomilpm@terra.com.br

Dados do Autor:
Dirceu Cardoso Gonçalves – tenente-PM
RG nº 5.301.573-SP

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