Cultura

UENP sedia Balaio Cultural do IFPR no Parque Universitário  

Evento contou com oficinas culturais e visitações às exposições artísticas afro-brasileiras disponíveis no Museu de Arte e Cultura Popular da UENP

O Parque Universitário de Ciência, Cultura e Inovação da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) sediou, na segunda-feira (21), o tradicional Balaio Cultural do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Campus de Jacarezinho. O evento, realizado em parceria com a UENP, teve como finalidade tratar e conscientizar estudantes do ensino médio a respeito do mês da Consciência Negra, ofertando oficinas culturais e visitações às exposições artísticas afro-brasileiras disponíveis no Museu do Parque.

O encontro contou com a realização de oficinas de percussão e produção carnavalesca, Mountain Bike e debates a respeito do papel da mulher dentro de espaços carnavalescos, como na direção de uma escola de samba. Contou também com a exposição do trabalho de Ivonete Aparecida Alves, artista plástica, educadora e Agbá do Mocambo APNs Nzinga Afrobasil – Arte – Educação – Cultura, de Presidente Prudente/SP.

A exposição “Malungueiras: uma síntese” faz parte da VIII Mostra de Arte e Cultura Afro-brasileira, contando com mais de 20 obras de diferentes materiais e estéticas que entrelaçam a arte do Antigo Egito Negro à Arte Negra Contemporânea. A visitação da exposição estará disponível até o dia 9 de dezembro.

Para Rafael Ribas Galvão, professor de História do Instituto Federal, membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e responsável pela oficina “O lugar da mulher no carnaval”, o encontro foi muito significativo. “Acredito que o objetivo da unidade tenha sido alcançado. É uma provocação para que eles (alunos) repensem as suas próprias ações, valorizando negros, indígenas e mulheres, para que possamos incluir ainda mais essa diversidade”, destaca.

“A Oficina do professor foi incrível”, disse Yasmin Camargo Campos, 15 anos, aluna do IFPR. “O Balaio Cultural nos enriquece com temas muito importantes, nos ajuda a melhorar como pessoa. É fantástico!”, acrescentou.

O coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e professor de Filosofia e Sociologia do IFPR, Árife Amaral Melo, comenta sobre a importância de fomentar encontros como este. “Tudo isso é muito importante para que os estudantes construam uma postura mais cidadã diante da vida, principalmente, no combate ao racismo e, sobretudo, acabar tendo uma atitude antirracista. Não basta apenas combater o racismo, tem que ser antirracista também”, disse.

Segundo o diretor de Cultura da UENP, coordenador da Mostra, diretor de Carnaval e responsável pela oficina de produção carnavalesca, James Rios, “o contato com as diversas linguagens artísticas do Carnaval é um portal que se abre para a criatividade”. James trata este contato como uma passagem para a criação e ampliação de novas perspectivas a respeito da arte. Além disso, “por meio da arte e da cultura, fomentamos um debate que existe e deve existir para além do mês dedicado à consciência negra”, afirma.

O Balaio Cultural já é uma tradição no IFPR, fazendo parte do calendário acadêmico em todos os bimestres. Com temáticas variadas, propicia um momento de troca de conhecimento, de arte e muita cultura.

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